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16 / 08 / 2016

Depoimento de uma experiência sensível

“A Fasciaterapia é uma terapia manual centrada na pessoa. Isto quer dizer que a pessoa que nós acompanhamos vai estar implicada no tratamento. Ela não vai apenas deitar na maca do terapeuta. Em um determinado momento ela vai participar do seu processo de tratamento e acompanhamento. (…) o terapeuta vai acompanhar a pessoa num retorno (perceptivo) a ela mesma (…) Uma das especificidades da Fasciaterapia em relação as outras terapias manuais é que se trata de uma terapia não manipulativa. Isto quer dizer que não há nenhum gesto forçado. O terapeuta pelo seu toque, em particular pelo gesto que denominamos ‘ponto de apoio’, vai solicitar os recursos internos do corpo e vai esperar sob suas mãos que se acumule a vitalidade da pessoa que representa sua força de auto-regulação.” (Hélène Bourhis, no vídeo A contribuição da Fasciaterapia – Uma pedagogia da percepção a serviço do paciente em tratamento de doença crônica – tradução livre por Janaína Guerreiro)
 

O contato com a maneira específica do fasciaterapeuta tocar seu paciente, muitas vezes traz um despertar perceptivo, uma experiência totalmente nova na relação com o próprio corpo.

Nosso princípio de tratamento está fundado na ‘escuta’ do movimento interno, estabelecemos um verdadeiro diálogo com o corpo do paciente que pouco a pouco irá tornar-se cada vez mais consciente deste processo instaurando uma relação de reciprocidade muito gratificante.

Marise Chícharo é editora de imagens e teve seu primeiro contato com  a Fasciaterapia – EPM em agosto de 2016. Seu relato após a primeira sessão mostra uma riqueza de sensações fruto de seu contato com um novo campo da sensibilidade corporal. 

“Durante a sessão de Fasciaterapia com a Janaína, senti que toda sua sensibilidade e entrega estava a serviço de me ajudar a desfazer meus nós somatizados no corpo. Traduzi as sensações vividas nas seguintes palavras:

Sobre uma linha fina, caminhava buscando o equilíbrio.

Pele móvel, em movimento. Pele em circulação. Pele.

Apoio de pai. Ombro.

Vertigem, o céu gira. Costas.

Mãos de anjo no ritmo do tempo de germinação, de crescimento das plantas. Árvores, raízes, tronco, galhos, copa. Sol clareando a terra.

Suas mãos entraram dentro da minha nuca.

Meu lado de dentro escapuliu pela nuca.

Minha cabeça literalmente voou, se separou do corpo.

Ela era o céu sobre a linha do horizonte.

Meus ombros, embaixo, eram a terra ondulada em montanhas.

O lago meu peito sereno, em paz” (ago/2016)